sábado, 14 de fevereiro de 2009

Como eu amei Mario Quintana de Andrade que nao era de Andrade ...


Não imaginem o tamanho da minha decepção quando eu descobri que meu poema favorita não era do autor que eu sempre pensava.

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Cresci em um mundo diferente, nunca tinha tido problemas com paixões ou sentimentos que eu não conseguisse controlar, tinha tido sim alguns desamores, mas nada que um ou dois dias eu já não resolvesse e pronto já estava pronta para outra. Ate o dia que conheci o que é sentir paixão, aquela que queima , que transforma, que nos fazem ir alem do esperado , que nos fazem ser submissas as pessoas.
E é algo incontrolável, quando você percebe já esta de corpo e alma envolvida , e não enxerga mais nada na sua vida , família deixa de ser importante, amigos deixa de ser importante. Paixão que parece um vicio , paixão que destrói a alma , destrói o auto estima .
Paixão que muda uma vida inteira E eu chorava de uma certa forma por não conseguir aquele amor só para mim , era um sentimento que me transformava , e naquela época eu deixaria família , amigos, faculdade , deixaria a minha vida por alguém.
Era como acordar todos os dias e perguntar quem era eu , porque derrepente eu tinha me transformado em uma pessoa submissa ,que mesmo sofrendo , mesmo com aquela tristeza profunda eu ainda insistia, mesmo tendo a certeza que não daria certo eu insistia naquela paixão insana.

Hoje eu poderia dizer que foi bom eu sentir essa paixão , afinal quantas pessoas passam por esse mundo eu não sabe qual é a intensidade da paixão. Ou que talvez não entende quando vê alguém com esse sentimento. Hoje eu entendo todas aquelas mulheres / homens que as vezes enfrentam o mundo e o fundo por causa de alguém que não merece tanto o seu amor. Não conseguiria jamais colocar em palavras o que foi aquele sentimento, ou as coisas que eu fiz por essa paixão.

Quando acabou definitivamente , e digo hoje , graças a pessoa que mesmo na sua imaturidade conseguiu descobrir que se afastando de mim totalmente iria conseguir que eu enxergasse minha insana paixão, eu me vi sozinha , mas sozinha mesmo , parecia que todos estavam muito longe.

Um mês +/- menos após o termino de toda aquela historia eu estava trabalhando, recebi um e-mail com apresentação em power point , e li aquele poema e amei cada palavra, parecia que ele tinha sido feito por mim , que alguém tinha entendido minha alma e escrito e eu podia acreditar novamente no amor , na vida. E no final dizia que era de Mario Quintana , e ainda a pessoa acrescentou : Mario Quintana de Andrade.... E ontem eu descobri, que Mario Quintana não era de Andrade e o poema que eu sempre amei , não era dele , e sim de autor desconhecido.

E como eu amei Mario Quintana que não era de Andrade naquela época, nos anos que passou , tempos passou e eu ainda passava o poema para todos .... Se visse alguém sofrendo demais, era eu lá procurando o poema no meus arquivos de email ou na propia internet e achava e mandava o poema para a pessoa .

Ate que ontem eu entrei no blog
http://emiliopacheco.blogspot.com e o mesmo retribuindo a visita me indicou para ler um texto que o mesmo escreveu sobre (os falsos autores), mas achei que ele abordou o tema de uma forma tão grotesca , tão insensível. No texto diz sobre vários textos e poemas na internet que não são dos autores informados , e de uma forma diz que as pessoas são desenformadas e muitos blablablabla .
Ahh , o que querido Emidio digo para você : não sei o que mudaria no texto se fosse escrito por fulano ou beltrano , talvez o próprio Mario Quintana como você mesmo disse odiaria isso , não acharia justo , uma vez que o mesmo disse q nunca escreveu algo suficientemente bom para ele , e hoje lendo vários texto do mesmo percebe-se que o poema as "borboletas" e o "tempo" não era o estilo dele.

Ahh , e eu ? Como sou leiga no assunto e no mundo literário, já começo pelos erros de português que sempre tenho , ou de concordâncias verbal ou do sei lá o que, e juro para você ODEIO e odiava Língua Portuguesa na escola. Para que tanto "nhenhem" se todos vão entender ? Imagina quando a minha capacidade culta de entender que um poema é de fulano ou de beltrano. Se vc falar para mim que o texto é de Mário Quintana ou de Jorge Amado eu vou acreditar , ate que alguém vem e me prova o contrario. (ou se ficar na duvida , pergunto para o Google, que digo de passagem, pobre coitado com tanta informação, mas mais desenformado que um pobre menino recém nascido jogado na rua.)

Poderíamos arrumar um jeito de não receber nunca mais um poema falando que era de um autor e derrepende não fosse. Por dois motivos : Pelo autor e por quem escreveu e não ganhou o mérito , afinal , "borboletas' e o 'tempo', isso aprece em toda a rede e nos não sabemos quem foi que escreveu tão belas palavras. E se vc não sabe de qual poema eu falei que foi erradamente atribuído por Mário quintana só ler alguns post abaixo que vc vai ver qual é .

Abaixo alguns poemas verdadeiros de Mário Quintana,

Se tu amas , ama-me baixinho
Nao o grites de cima do telhados
Deixa em paz os passarinhos
Dexa em paz a mim
Se me queres, enfin tem que ser bem devagarinho ,
Amada, que a vida é breve , e o amor mais breve ainda

Esse eu acho q seria meu estado de espírito com amor hoje.

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Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio..

Este eu deveria levar para a vida toda .

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Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...

Hahahaha , esse é muito bom ..e como é verdadeiro ...

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Amar:
Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei....
O amor é quando a gente mora um no outro.


Hoje eu sinto esse verdadeiro amor;
Hoje eu tenho um amor que moro dentro dele, e ele mora dentro de mim e foi cuidando do meu jardim que as borboletas apareceram e enfeitaram perfeitamente o meu já belo jardim. (se quiserem saber mais um pouqinho sobre Mário Quintana acesse:
http://br.geocities.com/amahrige/menu15.htm)

Um comentário:

  1. Dizem que este último também não é de Quintana, exceto a frase "o amor é quando a gente mora um no outro".

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